ASLA - American Society of Landscape Architects

 Associação Americana de Arquitetos Paisagistas

 

O que é Arquitetura da Paisagem?

 

 

 

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ARQUITETURA DA PAISAGEM: DEFININDO A PROFISSÃO

 

Uma Profissão em Demanda

Uma profissão Variada

Traçando as Raízes da Profissão

Frederick Law Olmsted: "Pai da Arquitetura da Paisagem Americana”

Primeiro Desenvolvimento: Fim dos anos 1800

Ampliando e Diversificando: O Século XX

A Profissão na Prática

A Profissão no Futuro

 

 

 

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Uma Profissão em Demanda

 

Dos órgãos de decisão local às incorporadoras da iniciativa privada, existe um aumentoo crescente da procura pelos serviços profissionais dos arquitetos paisagistas. Esta tendência reflete o desejo coletivo por melhores habitações, equipamentos comerciais e recreacionais, e sua crescente preocupação com a proteção ambiental. Empreendedores imobiliários comerciais e residenciais, obras federais e estaduais, comissões de planejamento da cidade, e proprietários privados estão entre milhares  de pessoas e organizações na América e Canadá que solicitam os serviços do arquiteto paisagista ano a ano.

 

Mais do que qualquer outra das grandes profissões  que lidam com o projeto ambiental, a arquitetura da paisagem é uma profissão em movimento. Ela é abrangente por definição - a arte e a ciência da análise, planejamento do projeto, gerenciamento, preservação e reabilitação do território.

 

Fornecendo projetos bem gerenciados e planos de desenvolvimento, arquitetos da paisagem oferecem uma organização essencial, útil e especializada que reduz custos e acrescenta valores  de longo prazo a um projeto.

 

Existem diferenças muito claras entre a arquitetura da paisagem e outras profissões que lidam com projeto. Arquitetos projetam principalmente edifícios para usos específicos, tais como casas, escritórios, escolas e fábricas. Engenheiros Civis aplicam princípios científicos ao projeto de infraestrutura da cidade tal como, estradas, pontes e serviços públicos. Planejadores Urbanos desenvolvem uma visão ampla do desenvolvimento para cidades e regiões inteiras.

 

Arquitetos Paisagistas lidam com todas as profissões mencionadas, integrando elementos de cada uma delas. Possuindo um conhecimento prático de arquitetura, engenharia civil e planejamento urbano, arquitetos paisagistas tomam elementos de cada um desses campos para projetar relações estéticas e funcionais com o sítio.

 

 

Uma Profissão Diversificada

 

O Arquiteto Paisagista projeta o ambiente construído das vizinhanças, bairros e cidades enquanto também protege e gerencia o ambiente natural, de suas florestas e campos a rios e litoral. Membros da profissão têm um interesse especial em prover a qualidade de vida, através do melhor projeto de lugares para as pessoas e outros seres vivos.

 

De fato, os trabalhos dos arquitetos paisagistas nos cercam. Membros da profissão estão envolvidos no planejamento de lugares tais como praças de edifícios de escritórios, praças públicas e vias. As atratividades de parques, vias expressas, empreendimentos habitacionais, praças urbanas, zoológicos e campus refletem a habilidade dos arquitetos paisagistas em planejar e projetar a construção de projetos úteis e agradáveis.

 

De costa a costa, em cada região do mundo, exemplos da profissão podem ser encontrados. Muitos arquitetos paisagistas  estão envolvidos em pequenos projetos, tais como planos de desenvolvimento para um novo parque urbano ou o planejamento para um edifício de escritórios, outros membros da profissão tem contribuído com suas especialidades em numerosos projetos que incluem:

 

A Preservação do Yosemite Park e Niagara Falls

Plano de Gerenciamento do Refúgio Nacional de Vida Selvagem Marítima no Alaska

Projeto do Área Externa do Congresso Norte-Americano

Projeto do Parque Monte Real em Montreal, Quebec

Planejamento do Campus da Universidade de Stanford

Criação do “colar de esmeraldas” de espaços verdes de Boston que liga a cidade aos suburbios

Planos para o sistema de parques de Baltimore e  da área de Inner Harbor (Porto Interior)

Projeto de cidades novas tais como Columbia, Maryland, and Reston, Virginia

Reapropriação de Aterro para Fresh Kills em New York e Dyer na Florida

Planos para A Área Recreativa Nacional Golden Gate em San Francisco, California

Habitações de Luxo Sursum Cordan, Washington, D.C.

Projeto para tratamento de água e equipamentos de parque em Hillsboro, Oregon

Plano Diretor para a Universidade King Saud na Arábia Saudita

Renovação da paisagem ao longo da Baltimore-Washington Parkway em Maryland

 

 

Dependendo do cliente alvo do projeto, abrangendo desde o empreendedor local ao governo federal, arquitetos paisagistas podem planejar toda a organização de um sítio, incluindo a locação de construções, terraplenagem, gerenciamento do sistema de águas pluviais, construção e plantação. Eles também podem coordenar equipes de projeto, construção e contratação de profissionais.

 

Já, órgãos governamentais federais e estaduais desde o serviço Nacional de Parques até o Departamento de Parques local empregam um grande número de arquitetos paisagistas. Mais e mais empreendedores privados percebem que os serviços do arquiteto paisagista são parte integrante de um projeto bem sucedido e lucrativo.

 

 

 

Reconstituindo as raízes da profissão

 

A origem da atual profissão de arquiteto paisagista remonta ao tratamento de espaços exteriores ancestrais por sucessivas culturas antigas, da Pérsia e Egito à Grécia e Roma. Durante o Renascimento, este interesse pelo espaço exterior, que havia diminuído durante a Idade Média, foi revivido com esplendidos resultados na Itália e deu origem às villas ornamentadas, jardins, e grandes praças exteriores.

 

Estes precedentes, por sua vez, influenciaram profundamente os castelos e jardins urbanos da França do século XVII, onde a arquitetura da paisagem e o projeto alcançaram outros níveis de sofisticação e formalidade. Os projetistas tornaram-se muito conhecidos, como Andre Le Nôtre, que projetou os jardins de Versailles e Vaux-le-Vicomte, que está entre os mais famosos dos precursores da atual arquitetura da paisagem.

 

No século XVIII, a maioria dos "jardineiros paisagistas” ingleses, como Lancelot "Capability" Brown, que remodelou o espaço exterior do Blenheim Palace, rejeitou a ênfase geométrica da França em favor da imitação das formas da natureza.

 

Uma exceção importante foi Sir Humphrey Repton. Ele reintroduziu a estrutura formal no projeto da paisagem com a criação dos primeiros grandes parques públicos como o Victoria Park em London (1845) e o Birkenhead Park em Liverpool (1847). Por sua vez, estes dois parques influenciaram enormemente o desenvolvimento da arquitetura da paisagem nos Estados Unidos e Canadá.

 

 

Frederick Law Olmsted: "Pai da Arquitetura da Paisagem Norte Americana"

 

A história da profissão na América do Norte começa com Frederick Law Olmsted, que rejeitou o nome de “jardineiro paisagista” em favor de “arquiteto paisagista”, que ele sentia refletir melhor o alcance da profissão.

 

Em 1863, o uso oficial da designação "arquiteto paisagista" pelos responsáveis pelos parques de Nova York marcou a gênese simbólica da arquitetura da paisagem como uma nova profissão de projeto. Olmsted tornou-se um pioneiro e visionário da profissão. Seus projetos ilustram seu alto padrão profissional, incluindo o projeto do Central Park em Nova York com Calvert Vaux no final da década de 1850 e o exterior do Congresso Norte Americano nos anos 1870. Olmsted e a Brookline, Mass., empresa que ele fundou avançaram no conceito de parques, entendidos  como espaços verdes públicos funcionais em meio ao cinza das áreas urbanas, bem projetados segundo os princípios da arquitetura da paisagem e do planejamento da cidade.

 

 

Primeiros Desenvolvimentos: Final dos anos 1800

 

Nos anos seguintes, a profissão de arquiteto paisagista ampliou-se. Ela desempenhou um importante papel em suprir crescente necessidade da nação por ambientes urbanos bem planejados e projetados.

 

Parques urbanos, sistemas de parques metropolitanos, subúrbios residenciais planejados e campus universitários foram planejados e surgiram em grande número, culminando com o movimento City Beautiful na virada do século.

 

Embora a profissão propriamente dita tenha crescido vagarosamente, seus pioneiros, incluindo Olmsted, Vaux e Horace Cleveland, estavam entre os primeiros a tomar parte no movimento de planejamento das cidades e em despertar interesse pelo projeto de cidadania. Olmsted também juntou-se a outros arquitetos paisagistas para trabalhar em projetos em outros ambientes urbanos, tais como Yosemite Valley e Niagara Falls.

 

Em 1899, a ASLA - American Society of Landscape Architects, Associação Americana de Arquitetos Paisagistas foi fundada por 11 pessoas em Nova York _ muitas delas associadas a Olmsted. A ASLA continuou a representar os arquitetos paisagistas por todo os Estados Unidos. Em 1900, Frederick Law Olmsted Jr., filho de Olmsted organizou e ensinou na Universidade de Harvard o primeiro curso de arquitetura da paisagem.

 

 

Ampliando e Diversificando: O Século XX

 

A Arquitetura da paisagem continuou a influenciar o movimento de planejamento e embelezamento das cidades no século XX, bem como as cidades cresceram usando serviços de arquitetos paisagistas profissionalmente treinados.

 

O Plano de L'Enfant (século XVIII) para a área externa do Capitólio foi revivido e ampliado pela Comissão McMillan de 1901. Chicago, Cleveland e outras cidades também usaram arquitetos paisagistas para projetar planos de desenvolvimento geral.

 

Por volta de 1920, o planejamento foi separado da arquitetura e da arquitetura da paisagem como profissões separadas, com seus próprios programas e níveis de organização. Ainda assim, a arquitetura da paisagem continuou sendo a causa mais importante no planejamento urbano e no desenho urbano.

Durante e depois da Depressão, oportunidades de projetar parques nacionais e estaduais, cidades, parkways e novos sistemas de parques urbanos ampliaram a profissão. A orientação da arquitetura da paisagem Americana retomou suas raízes nos projetos públicos _ uma tendência que continuou de meados do século XX até os dias de hoje.

 

A Profissão na Prática

 

A Arquitetura da Paisagem nos anos 1990 não pode ser descrita em poucos termos simples. O alvo da profissão é muito amplo e os projetos variados.

 

Uma variedade de especialidades freqüentemente mescladas existem na profissão, incluindo: Projeto da Paisagem, o cerne histórico da profissão, concerne ao projeto detalhado dos espaços exteriores de áreas residenciais, comerciais, industriais, institucionais, e espaços públicos. O que envolve o tratamento do sítio como arte, o equilíbrio entre terrenos difíceis e frágeis nos espaços exteriores e interiores, a escolha dos  materiais de construção e o plantio, infraestruturas tais como irrigação, e a preparação de planos e documentos detalhados.

 

O Planejamento do Sítio atem-se ao projeto do meio físico e o arranjo dos elementos construídos e naturais de uma parcela de terra. Um projeto de planejamento deste tipo pode envolver esboçar a terra para uma única casa, um estacionamento para um edifício de escritórios ou para um shopping centers, ou ainda um conjunto residencial. Mais especificamente, o projeto do sítio envolve a integração ordenada, eficiente, estética, e ecologicamente sensível  de um artefato humano com as características naturais do sítio, incluindo topografia, vegetação, drenagem, água, vida selvagem e clima. O projeto sensível produz um tipo de desenvolvimento que minimiza os impactos ambientais e custos de projeto, além de valorizar o sítio.

 

O Planejamento Urbano lida com o planejamento de cidades. Planejadores Urbanos usam técnicas de zoneamento e legislação, planos diretores, planos conceituais, estudos de uso do solo e outros métodos para estabelecer o layout e organização de áreas urbanas. Este campo também envolve "desenho urbano" _ o desenvolvimento de espaços públicos geralmente abertos tais como a paisagem de praças e ruas.

 

O Planejamento Regional surgiu como uma das principais áreas de prática para muitos arquitetos paisagistas com o aumento do anúncio ambiental do público nos últimos 30 anos. Isto consolida arquitetura da paisagem com planejamento ambiental. Neste campo, arquitetos paisagistas lidam com o amplo espectro do planejamento e gerenciamento do solo e da água, incluindo levantamento dos recursos naturais, preparação de relatórios de impacto ambiental, análises visuais, recuperação da paisagem e gerenciamento da zona costeira.

 

Planejamento de Parques e Recreação envolve criar ou redesenhar parques e áreas recreativas nas cidades, subúrbios e áreas rurais. Arquitetos Paisagistas também desenvolvem planos para grandes áreas naturais tais como: parte dos parques nacionais, florestas, e sistemas de proteção da vida selvagem.

 

<Figura>Planejamento do Desenvolvimento do Solo tanto em grande escala, loteamentos no campo, em terras nao exploradas, quanto em pequena escala, sítios em áreas urbanas, rurais e sítios históricos. Como tal, provê uma ponte entre políticas de planejamento e projetos de desenvolvimento individuais. Arquitetos Paisagistas trabalhando nesta area utilizam  conhecimentos de economia imobiliária e  processos de legislaçao para desenvoolvimento e ocupação, bem como uma compreensao  dos obstáculos físicos ao desenvolvimento e trabalho com o solo. O desafio é integrar factores econômicos com bons projetos e portanto criar ambientes qualificados. Devido a esta mistura de especialidades, arquitetos paisagistas freqüentemente são chamados para chefiar equipes de projeto multidisciplinares.

 

Planejamento e Projeto Ecologico estudam a interaçao entre pessoas e o ambiente natural. Trata-se da interpretação, análise e formulação de políticas de projeto, diretrizes e planos para assegurar a qualidade do ambiente. Para o planejador e arquiteto paisagista Ian McHarg, esta especialização inclui, mas nao se limita a, avaliações analíticas do solo e enfoca na combinação de um sítio para o desenvolvimento. Isto requer conhecimento específico de leis ambientais tais como Leis de Limpeza e Potabilidade da Água, Leis Federais para as áreas inundáveis, etc. Esta especialização também  abrange planejamento e projeto de auto-estradas.

 

Recuperaçao e Preservaçao de sítios historicos tais como parques, jardins, paisagismo (grounds) grounds, marinas e bordas de rios e terrenos alagadiços envolve aumento da quantidade de architetos paisagistas, assim como o incremento populacional leva a ocupação crescente de novas áreas.  Este campo pode envolver preservação ou manutençao de um sítio em condiçoes relativamente estática, conservação de um sítio como parte de uma grande área de importância histórica, restauração de um sítio para por um dado pré-determinado ou qualificação do mesmo e renovação de um sítio para continuidade ou novo uso. Arquitetos paisagistas freqüentemente participam desde a pesquisa até o estágio real de renovação.

 

Aspectos Sociais e Comportamentais do projeto da paisagem enfocam a dimensao humana do projeto, tais como projetar para necessidades especiais dos idosos e deficientes. Este campo requer treinamento em ciências sociais, bem como psicologia comportamental, sociologia, antropologia e economia. Areas de estudo incluem projeto de avaliação de ambientes existentes, percepções ambientais, e efeitos do ambiente sobre as pessoas.

 

A profissão do futuro

 

Os anos que virão prometem novas alternativas e desafios  para a profissão sempre em expansão. Com as questões ambientais tornando-se cada vez mais preocupantes, os arquitetos paisagistas estão sendo chamados a dar sua opinião para resolver problemas complexos. Preocupações de caráter rural estão atraindo os arquitetos paisagistas visando a preservação dos terrenos, revitalização de pequenas cidades, preservação da paisagem, e desenvolvimento e conservação dos recursos energéticos. Avanços na tecnologia computacional abriram um novo campo para o projeto, e a recuperação dos sítios tornou-se o principal campo de trabalho dos profissionais da área.

Arquitetos paisagistas também exercitam sua habilidade no interior dos ambientes (por exemplo atriuns) e espaços fechados para pedestres (por exemplo, galerias) foram incorporados aos projetos comerciais. Do sul da California ao Maine, os nomes dos escritórios de arquitetura parecem marcar o futuro da profissão, com mais pessoas buscando os serviços especializados da profissão.

 

Além disso, o futuro também promete o aumento da cooperação entre arquitetos paisagistas e outros profissionais de projeto. Como o interesse pela profissão continua a crescer, o número de estudantes na área está aumentando e aproximadamente 60 universidades e faculdades nos Estados Unidos e Canadá agora oferecem  programas de bacharelado e pós-graduação em arquitetura da paisagem. Quarenta e cinco estados licenciam arquitetos paisagistas. Hoje, situada em Washington, D.C., a ASLA - American Society of Landscape Architects tem crescido aproximadamente 12.000 membros em 47 núcleos.

 

Durante décadas passadas, arquitetos paisagistas responderam à demanda crescente e responsabilidades profissionais com novas habilidades e experiências. Mais e mais empreendimentos apreciam a profissão e o calor que ela traz aos projetos. O público elogia o equilíbrio conquistado entre os ambientes construído e o ambiente natural.

 

De acordo com o professor , Lane Marshall, membro da ASLA:

 

"O futuro da profissão é brilhante. Estamos crescendo a cada dia. A profissão expande-se constantemente e se mantém no limite de novas práticas instigantes. Existem arquitetos paisagistas que são empreendedores imobiliários,  gerentes comerciais, arquitetos, engenheiros, e advogados. Desde 1899, a profissão cresce e anuncia novo período de crescimento"

 

A profissão do arquiteto paisagista continua a envolver os desafios entre os interesses da sociedade em prover qualidade de vida e a sabedoria com que a humanidade usa a terra. Assim molda o futuro.

 

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Questions? Comments? Let us know at scahill@asla.org

www.asla.org

 

 

 

 ABAP - Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas

 

 

 

A PROFISSÃO DO ARQUITETO PAISAGISTA

 

A profissão do Arquiteto Paisagista tem como objeto o planejamento e a organização espacial da paisagem urbana, extraurbana e áreas naturais naquilo que não é objeto da arquitetura, engenharia e agronomia.

 

Seu trabalho contém elementos que se referem a valores artísticos, funcionais e ambientais. A sua produção consiste de planos e projetos. Dependendo da complexidade e da escala, o trabalho é exercido em equipes interdisciplinares constituídas principalmente de arquitetos, urbanistas, geografos, biólogos, agrônomos, cientistas sociais, juristas, etc.

 

A sua contribuição como profissional tem-se dado numa variada gama de planos e projetos, podendo-se destacar entre eles:

 

•Planejamento Paisagístico Urbano e Regional •Áreas de Proteção Ambiental •Recuperação de Áreas Degradadas •Parques Naturais •Áreas de Mineração •Barragens •Rodovias/Ferrovias •Parque Urbanos/ Jardins Botânicos e Zoológicos/ Parques Temáticos •Espaços Urbanos: Ruas, Praças, Áreas Pedestrianizadas, etc. •Áreas Residenciais/Conjuntos Habitacionais •Áreas Industriais •Centros Comerciais e Administrativos •Áreas Institucionais •Hotéis/Áreas de Lazer/Centros Turísticos •Cemitérios •Aeroportos

 

 

 

 

QUAPÁ - Quadro da Paisagem no Brasil (MACEDO)

 

Paralelo com Quadro da Arquitetura – Nestor Goulart

Linhas de Projeto:

1.     Ecletismo

2.     Moderno

3.     Contemporâneo

3.1.Pós-Modernista: Decorativista/Neo-eclética

3.2.Ecológica

4. Arquetipados

 

 

1 – Ecletismo

Desde o Passeio Público do Rio de Janeiro no século XVIII até a década de 1930

2 – Moderno

De 1940 até a década de 1970, onde a expressão máxima é Burle Marx

3 – Contemporâneo

De 1980 aos  dias atuais.

1.1  - Pós-Modernista. Decorativista: identificadas com americanos e catalães/Néo-Eclética, inspirada no passado: palacio de cristal, jardins de versalhes.

3.1 – Ecológica. Típica dos anos 80/90, baseia-se nos cânones ambientalistas introduzidos na década de 1960.

: calçadões 

 

 

VISÕES DE PAISAGEM (DOURADO)

 

O paisagismo no Brasil surgiu no século XVIII, com a criação dos Jardins Botânicos[1]. Foi bastante incentivado no Império com a vinda de paisagistas franceses como Glaziou, para o trabalho de criação de parques encomendados para a Casa Imperial. Este paisagismo era francês, mas possuía forte influência da escola Inglesa, então romântica. No final do Império a influência da filosofia norte-americana da criação de parques nacionais também já se fazia sentir, ao mesmo tempo que o paisagismo urbano era utilizado no espírito das cidades-jardins inglesas e do urbanismo sanitarista, então em voga. Na década de 1940, ainda dentro das influências estrangeiras tem destaque a obra de Roberto Burle Marx, que seria requisitado para a criação de jardins residenciais, rurais, industriais e das grandes intervenções públicas governamentais, tais como as obras oficiais realizadas no Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte e Brasilia, sempre associadas à Arquitetura Moderna, especialmente de Oscar Niemeyer, embora isto não fosse totalmente espontâneo. Na década de 1970, uma nova safra de paisagistas, alunos admiradores  da obra de Burle, com diferentes formações, mas geralmente arquitetos, passa a trazer nova contribuição na área. Na década de 1980 o ensino de paisagismo se estrutura e nasce um setor de pesquisa na área, que segue especialmente a escola americana, mas que possui em si uma forte identidade nacional, e talvez regional, distinguindo-se claramente a atuação do Rio de Janeiro e a Paulista. Nesta década, novos expoentes na região sul, com o ressurgimento de Curitiba, e mo mordeste, passam a trazer novas contribuições ã atuação profissional neste campo.

 

Os paisagistas são profissionais que se originam de meios tão variados como a arquitetura, a botânica, as artes plásticas, e a agronomia.

 

O ofício do paisagista encampa as seguintes atividades:

-        projetos de parques e praças urbanas

-        planos de desenho urbano  e de re-qualificação do ambiente da cidade

-        restauro de velhas praças e jardins

-        planos de diretrizes de preservação de antigas ambiências urbanas

-        participação de planos diretores urbanos

-        estudos de manejo ambiental regional

-        proposta de tratamento paisagístico de vias urbanas e auto-estradas

-        projetos de recomposição paisagística em escala territorial,

-        programas de educação ambiental

-        assessoria de políticas ambientais

-        criação de parques nacionais e reservas de proteção a ecossistemas ameaçados

-        elaboração de jardins e residenciais e institucionais

-        conjuntos desportivos e de recreação

 

 

-      Artigos: Paisagismo como Profissão. Contemporâneo. Rio de Janeiro. Curitiba.

-        Paisagem da Cidade: Rio Cidade. Favela Bairro. Centro Empresarial Itaú Conceição. Condomínio Conjunto Nacional.

-        Paisagem de Lazer: Parque do Abaeté. Praça Vinícius de Morais. Praça do Relógio. Clube Náutico de Araraquara

-        Paisagem da Memória: Praça do Monumento do Ipiranga. Parque da Gleba E

-        Paisagem Reconstruída: áreas de mineração, barragens, hidrelétricas, recomposição vegetal

-        Paisagem da Diversidade: Hotel Catharina Paraguaçu

-        Paisagem da Intimidade: Residências e Condomínios: Mata Maroto. Casa de Roberto Marinho

-        Paisagem das Idéias: Projeto Quapá

-        Currículo dos Profissionais.

 

Acrescentar como leitura obrigatória:

JELLICOE – Landscape of man;

LAURIE – Introduccion a la arquitectura del paisaje



[1] Sobre o assunto, ler: SAGAWA, Hugo – Ao amor do público. Studio Nobel. 1994.